Quando paramos para pensar no início do uso de rodízios há pelo menos 100 anos atrás, poucas eram as opções de materiais disponíveis. Para rodas rígidas, o metal era utilizado. Para equipamentos suaves, a borracha, e uma operação intermediária empregava a madeira. A situação começou a mudar na década de 1930, quando o avanço de desenvolvimentos técnicos resultaram em uma explosão de novas opções, que substituíam, principalmente, a borracha natural. Nesse aspecto em particular, dois materiais sintéticos se destacaram: o neoprene e o poliuretano.
O neoprene é uma borracha sintética produzida através da polimerização de uma variedade de produtos químicos, como o cloropreno. O material é um elastômero, o que significa que após a deformação, ele retorna a sua posição original, propriedade já bem conhecida da borracha. No entanto, ao contrário desse último, o neoprene é altamente resistente a graxa, óleos e outros produtos agressivos, além de resistir a altas temperaturas, o que o ideal para aplicação em rodízios.
O poliuretano também é uma borracha sintética. Na maior parte das vezes, é feito a partir da combinação de dois produtos químicos, que são posteriormente moldados no formato desejado. As propriedades do produto final podem ser controladas, dependendo da concentração e quantidade dos elementos primários do material, ou do processo de fabricação escolhido. As rodas de rodízio feitas de poliuretano podem ser fabricadas com grande variedade de dureza, podendo ser macias ou extremamente rígidas e, dependendo da formulação, podem resistir muito bem a óleo, graxa e outros produtos químicos.
Ambos são produtos amplamente disponíveis no mercado em estilos diferentes. Na verdade, por causa de suas propriedades superiores, eles substituíram quase totalmente a borracha natural como opção para as rodas de rodízios. Hoje em dia, inclusive, é difícil dizer a diferença entre os materiais sintéticos de “borracha” e a própria borracha natural.
A seguir, desenvolvemos um pequeno resumo das propriedades de cada material, que podem ajudar o consumidor a definir qual material é melhor para cada operação. Acompanhe!
Neoprene
Uma das principais características das rodas de neoprene é a sua operação suave e silenciosa. Embora possam parecer macias demais, as rodas de neoprene são muito duráveis, excelentes para a proteção do piso e frequentemente escolhidas para assentos de escritório. Elas funcionam bem em superfícies diferentes e não marcam com facilidade. Outra característica atraente do neoprene é a sua resistência química, o que o torna ideal para o uso em situações onde o óleo ou a graxa estão presentes.
Para adquirir resistência maior, o material é frequentemente ligado a um material mais duro em seu núcleo. A camada externa de neoprene forma o piso da roda, enquanto o núcleo fornece a estrutura.
As propriedades do neoprene o tornam escolha popular em aplicações como:
- Equipamentos médicos e de laboratório;
- Carrinhos para computadores móveis;
- Mobiliário e assento de escritório, especialmente cadeiras ergonômicas;
- Áreas de lavagem química severas, em hospitais ou instalações de processamento de alimentos;
Observe que a maioria dos usos mencionados acima são para configurações de escritório, médicos ou industriais leves. Para aplicações industriais pesadas, a escolha preferencial é o poliuretano.
Poliuretano
É importante saber que nem todos os poliuretanos são iguais: o material está disponível em uma enorme variedade de características. A fabricação é feita com uma diversidade de compostos químicos e vários processos diferentes, o que determina características variadas para os produtos finais. A escolha ideal depende do objetivo do consumidor. Será necessário que o equipamento seja silencioso e não marque o piso? Ele será operado em qual velocidade? Ele será usado de forma contínua ou ocasionalmente? Cada uma dessas situações exige uma mistura diferente.
Marcação
Considerado um bom protetor do piso, o poliuretano funciona muito bem em superfícies duras. Nesse sentido, se o piso em questão é de cerâmica, concreto, ou madeira, o poliuretano é a melhor escolha. Para superfícies macias, no entanto, como vinil ou madeiras macias, o neoprene deve ser considerado.
Velocidade
À medida que os rodízios de poliuretano rolam, eles são flexionados pela carga que transportam. Este carregamento e descarga constantes causam o aquecimento interno do material e, à medida que as velocidades aumentam, esse aquecimento tende apenas a subir. Se muito calor se acumula internamente o material pode derreter. Para evitar este problema, é necessário escolher um poliuretano que seja capaz de suportar o calor gerado por velocidades mais elevadas. Assim, rodas com camadas mais grossas são as ideais para essa situação.
Ritmo de trabalho
Algumas rodas de poliuretano quando estacionadas por muito tempo, são propensas a ficarem planas no local em que a carga é maior. Para evitar isso, os fabricantes modificam seus compostos e criam rodas de poliuretano que mantêm sua forma mesmo quando paradas. Se você precisa de rodízios de poliuretano para um carrinho que raramente se move, por exemplo, certifique-se de escolher os rodízios que não alteram o seu formato.
